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O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou no início de março de 2011 uma pesquisa intitulada de  “O uso do poder de compra para melhoria do meio ambiente”. A pesquisa revelou, dentre outros temas, que os rótulos utilizados nos produtos pelas empresas que desenvolvem produtos ambientais, precisa de adequações. Para o instituto este tipo de rotulagem que certifica os produtos como ambientalmente correto é apenas uma maneira de informar o consumidor que o processo de produção da mercadoria comprada, não teve utilização de equipamentos ou matérias-primas que agridem o meio ambiente. Apesar desta informação, os rótulos, segundo o Ipea, necessita de algumas modificações para que se torne mais efetivo. Uma das conclusões da pesquisa feita pelo Instituto se refere na questão de custos que as empresas tem com a rotulagem dos produtos. Para os pesquisadores do Ipea, a adaptação e critérios que estabelecem a certificação e rotulagem dos produtos, acaba resultando num aumento de custos para as empresas. O que reflete, consequentemente, num aumento dos preços dos produtos aos consumidores.

Um relatório divulgado pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (Unep ) revela que seriam necessários investimentos anuais de 2% do PIB global para adaptar as economias mundiais a um futuro mais sustentável. Este levantamento aponta ainda que os investimentos representariam um crescimento econômico de 15,7% até o ano de 2050. O estudo diz que seria preciso investir em 10 áreas a fim de garantir uma economia sustentável e os recursos chegariam na ordem de R$ 2,15 trilhões. Para a Unep as áreas que deveriam receber investimentos  são a indústria, agricultura, pesca, florestas, construções, turismo, energia, transporte e manejo de lixo e água. Segundo o relatório do Unep há medidas em curto prazo que podem ser tomadas para atingir esta meta. Como exemplo destas medidas, o diretor da Iniciativa para uma Economia Verde da Unep, Pavan Sukhdev, cita a redução de subsídios para os combustíveis fósseis e o redirecionamento de mais recursos  que recompensem  a pesca insustentável.

Durante um encontro que discute a sustentabilidade, a “Feira das Cidades Sustentáveis”. O arquiteto espanhol Luis de Garrido, disse que hoje e dia construir uma casa sustentável custa mais do que construir uma residência convencional. Segundo o arquiteto, o normal é quando algo que agride o meio ambiente tem um valor financeiro maior. Mas para ele, a maior parte dos produtos ecológicos hoje, na realidade não são. A palavra “ecológica”, conforme Garrido, ganhou um significado diferente e ocupa uma dimensão política e econômica que o coloca em lado contrário do que vem a ser  sustentável. Mas e como então podemos conciliar a arquitetura sustentável com menores custos? De acordo com o arquiteto é necessário buscar um conceito que seja baseado em componentes biodegradáveis, ou seja, uma integração com o ecosssitema e o planejamento energético da moradia. Antes de levantar os custos da construção com o uso de tecnologias renováveis, a obra sustentável deve ter em conta os aspectos bioclimáticos. Com um planejamento dos espaços pode-s econseguir resultados positivos.

De acordo com o estudo do Ipea  o meio ambiente do Brasil sofre muitos impactos devido a realização de grandes cultivos  de produtos  como a cana-de-açúcar, soja ou eucalipto.  Este tipo de cultivo utiliza agrotóxicos que contaminam o solo. A pesquisa questiona a ausência de fiscalização e regulação dos órgãos responsáveis neste sentido. Além de afetar o meio ambiente este modelo agrícola, pode causar problemas sociais como a contaminação de trabalhadores rurais por agrotóxicos e o êxodo rural. Por fim, o estudo conclui que é necessário procurar soluções  como mais respeito às leis ambientais e trabalhistas; implantação de um novo modelo de inserção internacional do Brasil e ainda mais estimulo de exportação de bens manufaturados;, que não dependam dos recursos naturais. O estudo também aponta que a sociedade também deve estar atenta se realmente é necessário aumentar a participação das atividades baseadas na produção e extração de recursos naturais e sugere que sejam buscadas  soluções  para o desenvolvimento.

Os secretários estaduais de Meio Ambiente do Brasil se reuniram no final fevereiro de 2011 para discutir sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). O encontro teve como principal objetivo estabelecer diretrizes do Ministério do Meio Ambiente para a implantação da política, e dentre os temas abordados o destaque ficou por conta da instituição da coeta seletiva, que deve ser implantada até 2014. E no dia em que se comemorou o Dia Mundial do Meio Ambiente, dia 1 de março, os secretários estiveram em outro encontro promovido pela Agência Nacional de Águas (ANA). A reunião visou estabelecer normas para a implantação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh).
Para o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU), Silvano Silvério, os encontros envolvendo os secretários estaduais de Meio Ambiente do País é fundamental, pois os políticos tem contato com a nova política e se orientam a respeito do que deve constar nos planos estaduais e ainda incentivando a reciclagem e a coleta seletiva do lixo nos estados do Brasil.

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