Lixo, sustentabilidade e mobilidade urbana
O lixo é um problema que acompanha o homem desde os tempos mais primórdios. Afinal, onde colocar aquilo que já não queremos mais? Em um tempo em que a população mundial e as cidades eram bem menores, o problema era mais controlável. Hoje em dia essa já não é mais a nossa realidade. Estamos acompanhando recentemente uma iniciativa em várias cidades brasileiras: são os containers. O assunto é polêmico, e vale a pena que se mantenha em discussão. O primeiro fato: se os containers se propõe a retirar o lixo orgânico das calçadas, então nesse quesito cumpre a expectativa. O lixo orgânico nas calçadas costumava ser aberto por moradores de ruas e pessoas que trabalham com coleta informal de lixo. Além disso, animais costumavam revirar o lixo atraidos pelo cheiro. Ora, muitos containers foram alvo de vandalismo, em protesto por terem tirado certa facilidade desta coleta informal, bem como pela substituição do lixeiro pela coleta automatizada. Neste sentido, estamos falando da perda de empregos. Acredito que o problema, neste caso específico, diga respeito mais ao estado e ao redirecionamento dos trabalhadores do que, necessariamente, manter um tipo de coleta menos eficiente apenas pela manutenção do cargo. Outro grave problema é o lixo seco. Este problema atravessa a esfera educacional, cultural e institucional. Quer dizer, como o estado oferece o serviço e como a população lida com ele. No caso, ambos estão muito além do ideal. A coleta de lixo seco não é diária, o que já é um problema, ainda mais se pensamos no volume que o lixo seco faz. Não há containers para o lixo seco, que deve ser colocado nas calçadas (quer dizer, o mesmo problema que tinha o lixo orgânico). E, por último, falta consciência populacional para não colocar lixo seco no container, esperar os dias certos para colocar o lixo na rua, separar o lixo em casa (que, atualmente, é o mínimo que se pode fazer). Como exemplo para as cidades brasileiras, bem que nossos governantes poderiam dar uma olhada no sistema de lixo que funciona em Barcelona, na Espanha.
Energia eólica
Atualmente, temos ouvido falar sobre o aumento de campos de captação de energia eólica. Este tem sido um recurso bastante usado para conseguir energia limpa, e promete vir pra melhor bastante a qualidade do planeta.
Desde 2005, existe um conselho especifico para tratar de questões ligadas à energia eólica, é o Conselho Global de Energia Eólica (Global Wind Energy Council – GWEC). Este tem conseguido divulgar este tipo de energia, gerando um fórum de discussões bastante relevante. Fazem parte do conselho, membros de mais de 50 países, somando 1.500 organizações.
O Conselho Global de Energia Eólica tem se preocupado atualmente em um projeto chamado Wind Force 12. Este projeto tem como objetivo fazer com que a energia eólica represente 12% da energia consumida no globo, e isto até 2020. É uma proposta bastante ousada, considerando as atuais circunstâncias, mas possível.
A energia eólica é altamente recomendada, e sofre muitos poucos danos em decorrência de intempéries naturais. Não é diminuída em período de seca, por exemplo. Além disso, suas estruturas não agridem tanto o meio ambiente quando a construção de uma hidrelétrica, por exemplo.
Sustentabilidade industrial
Um dos assuntos mais polêmicos quando se fala em sustentabilidade e cuidado com o meio ambiente é a indústria. Falando de maneira mais direta possível, as indústrias visam o lucro, não importando, muitas vezes, o que é necessário para isso. Em contrapartida, vemos que as indústrias emitem gases poluentes na atmosfera sem controle, poluem rios, destroem aeras de vegetação nativa, deslocam o ecossistema de determinada região e etc.
Acontece que de alguns anos para cá, está acontecendo um importante movimento de consciência em relação aos cuidados com o meio ambiente. Várias indústrias têm, desta forma, procurado adequar-se, conforme medidas internacionais, como o protocolo de Kyoto.
A grande questão, desta forma, torna-se: como manter uma alta margem de lucro e ao mesmo tempo ter uma indústria sustentável?
É a partir de perguntas inquietantes como esta que os grandes movimentos sobre o cuidado com o meio ambiente têm se baseado, pois não basta apenas que o indivíduo se conscientize e faça a sua parte. A grande contribuição, as mudanças globais virão, em grande parte, da mudança de postura por parte das indústrias.
É preciso um planeta sustentável. Urgente!
Uma pesquisa recente, desenvolvida pela Royal Society, chegou a uma conclusão alarmante: os hábitos de todas as populações precisam mudar, e só assim a humanidade e o planeta poderão ser sustentáveis.
Uma das coisas que precisa ser feita urgentemente, é dar acesso a planejamento familiar às pessoas de países mais pobres. Este fato não ajudaria apenas em microescala a vida desta família, nem apenas do país, mas em escala global. Uma das preocupações dos cientistas é em relação à população mundial relacionada à quantidade de alimento possivelmente disponível. Sendo assim, o controle de natalidade seria de grande ajuda a isto num futuro próximo.
Outra recomendação, é que os países parem de medir seu nível econômico e de saúde a partir do PIB. Este indicador não pode servir para indicar estas grandezas, e acaba servindo, muitas vezes, como uma cortina de fumaça a diversos problemas internos do país.
É importante a união de todos para que, juntos, aos poucos, façamos do planeta um lugar mais sustentável. E as medidas não cabem apenas a uma fatia da sociedade, em todas as escalas possíveis, desde a individual até a macro esfera política.
Dendê usado para a produção de biodiesel
O dendê, produto tipicamente brasileiro, é usado também para a produção de biodiesel. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o incentivo da produção do dendê, está dentre os focos de trabalho da empresa. Cerca de 70% dos óleos do mundo são provenientes de quatro espécies vegetais: girassol, soja, canola e dendê. O dendezeiro é a espécie oleaginosa que apresenta maior produtividade no País. O plantio de dendê no Brasil, especialmente no estado do Pará, chega a ter toneladas de óleo/ha/ano. Além do ramo alimentício, o óleo do dendê é muito usado também em outros setores como na indústria farmacêutica, química e de alimentos. Por representar de 6 a 9 unidades de energia disponíveis por unidade de energia aportada, o dendê vem a ser uma excelente opção para a agricultura sustentável na Amazônia.
Para que o uso do dendê como matéria-prima para a produção de biodiesel possa ser implantada é necessário melhorar a expansão da dendeicultura no Brasil. Dentre as adequações estão o melhoramento do manejo da cultura e do processo de conversão de óleos e resíduos, o trabalho contínuo de pesquisa de novos cultivos e adaptação de diferentes condições ambientais.